terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Clint Eastwood


Fui ver o Clint Eastwood à Cinemateca.
Não, não, não fui ver um filme com o Clint Eastwood...fui ver o CLINT EASTWOOD! Aquele senhor dos westerns que passam na RTP Memória aos Sábados à tarde. Sim, aquele que consegue, com apenas uma colher e um corta unhas, fugir da prisão mais segura do mundo. Nãaaao, não é o Macgyver, esse é outro, este é outro nível… Fui vê-lo, em acção, em frente às câmaras, numa altura em que ainda mantinha o característico cabelo ruivo e a forma invejável. Vi este homem num ecrã à sua altura, gigante. Com direito a legendas em sueco, amiga no banco do lado e cinéfilos atentos em cada cadeira almofadada. Sem pipocas nem mãozinha marota no ombro ou na perna. Não me importo, nem gosto assim tanto de pipocas. Saí com um sorrisinho na cara, contente e satisfeita como quem descobre algo de novo e a perguntar-me se ainda existem homens do calibre deste Dirty Harry…homens de barba rija, personalidade forte e coração de manteiga, daqueles que nos agarram decididos pelos cabelos (de forma selvagem mas carinhosa) para nos darem um daqueles beijos molhados à Hollywood e em seguida nos erguerem para sela do cavalo malhado para com ele cavalgarmos juntos em direcção ao pôr-do-sol, sem rumo nem destino, apenas com a certeza de um amor para todo os sempre
...Ou pelo menos até que um bandido malvado nos leve o homem vítima de bala disparada à traição enquanto tentava, valoroso, salvar uma tribo de nativos americanos.

Fim, ficha técnica.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Viagem de regresso

Depois de uma viagem de autocarro turbulenta e aborrecida, em que estive uns bons 15 minutos a tentar abrir uma garrafa de água das pedras e estive vai não vai para pedir ao senhor que estava à minha frente, de bigode farfalhudo, que me ajudasse a abri-la (mas não foi necessário, mais um pouco de perseverança e de jeito e lá consegui). Soube-me muito bem. Depois de ter mostrado as minhas cuecas cor-de-rosa às florinhas (que só uso quando sei que não vou encontrar ninguém interessante) a umas quantas pessoas que por mim passaram, visto que ia carregada com as malas e as calças de cintura descaída não paravam de cair. Depois de tudo isto, que não é assim tanto, chego à cidade, à metrópole, à capital do meu país. E um sentimento consumista começa logo a apoderar-se de mim, basta ver as pessoas, o trânsito, andar de transportes públicos, ouvir este barulho, respirar este ar, que me apetece logo ir ver lojas na ânsia de comprar coisas giras e ficar satisfeita e contente.
Mas não, hoje vou contrariar esta minha vontade vulgar e mundana imposta por esta cidade.

Bom, dito isto, está quase na hora de ir ter com a Inês à cinemateca.
É o último programinha destas férias (Ohhh!).

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sala...quê?

Então não querem ver que aquele senhor que governou Portugal em regime autoritário e que deu o seu nome a um bolo, a um instrumento de culinária e esteve também para o dar a um museu em Santa Comba Dão, era um homem sensível, amável e com queda para a poesia?
Pessoalmente, nem me passaria pela cabeça que este homem ambicioso de origens humildes dissesse coisas tão bonitas e rebuscadas como “adoro as suas bochechas”, ou rabiscasse sonetos com elevada carga emocional que mais tarde recitaria à menina (literalmente) dos seus olhos. Afinal, que sei eu sobre Salazar…
Um homem sensível é o que me parece. E atraente até…tenho a sensação que já o vi algures…só que na altura em que eu o vi ele usava cabelo comprido, barba, e andava a querer vingar-se não sei do quê que foi feito a não sei quem ao som de uma música dos anjos…Mas talvez esteja a fazer confusão.
O que eu sei é que se fosse hoje, o jovem Salazar, com o interesse que ao que parece despertava nas mulheres, teria sem exageros mais de mil visitas no perfil do hi5…e muito possivelmente outros tantos convites de moças atrevidas no facebook.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

It's CAMARÕES GIGANTES' time! Yeaaaahhh...

Obrigada Sra. Regente da Cadeira

Estou TÃO FELIZ! Tão, tão, tão feliz! Nem vos passa por essa vossa cabecinha como eu estou feliz! Hoje não importa que lá fora esteja um frio desgraçado, que o vento sopre desenfreado, não importa que não esteja a dar nada de jeito na televisão, não importam os problemas na educação, a crise, o desinteresse, não importa o pessimismo!!! Mantive este mesmo sorriso estúpido na cara desde que me deram a boa noticia à horas atrás, e tenho estado uma chaleira emocional desde então. Já ri que nem uma tonta, soltei gritinhos histéricos e frases muito semelhantes a grunhidos, já chorei lágrimas de satisfação (e de um sentimentalismo lamechas) num autocarro apinhado de gente, já liguei para todos os que partilhavam comigo a ansiedade e a frustração, já dancei Buraka e Martinho da Vila com os vizinhos como se não houvesse amanhã...Estou pronta para as comemorações! Venham os festejos do tipo casamento cigano de duas semanas, com direito a almoços no Sr. João de Alegrete e no Indiano dos Restauradores, a oferta de pastéis de nata em Belém, aproveitem agora que estou uma mãos largas, e a uns copos, do Bairro Alto a Santos… a próxima rodada é por minha conta e não se fala mais nisso!

É impressionante como tudo se torna tão relativo quando finalmente se passa a Matemática.

E agora, um caril de gambas e uma caipirinha preta se faz favor, que
hoje o dia é de festa.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vicky Cristina Barcelona

Está um temporal em Lisboa, mas quando saio de casa não chove apesar do céu carregadíssimo… Por seu lado e a fazer jus ao alerta cor-de-laranja, o vento e o frio não se fazem rogar.

Com um dia cinzento como este, a fazer lembrar aqueles Invernos a serio da mossa infância em que chovia 15 dias seguidos se fosse preciso, nada melhor que ir ao cinema ver um filme bem quente, Vicky Cristina Barcelona. As expectativas eram, naturalmente, altas… e eu e as minhas amigas preparávamo-nos para assistir a um bom filme. Premissa que se verificou.

Sempre que vou ao cinema e gosto do filme, tenho a sensação de abrir muito os olhos, para não me escapar nada no campo visual. E acho que não me escapou nadinha do Vicky Cristina Barcelona.

Vicky Cristina Barcelona está cheio de sabores.

Sabor a calor, a amor, a (muita!) sensualidade, a beijos, a loucura, a arte, a irreverência e a espontaneidade. Sabor a Barcelona. As cores, a música que é apenas uma mas que nos faz bater o pezinho sempre que aparece, as personagens e Javier Bardem propriamente dito fazem-nos… humm, como direi… flutuar nas cadeiras de cinema e esboçar sorrisos de cumplicidade.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Um miminho


Nova aquisição para as viagens suburbanas/ inter-cidades. Recomenda-se para as caminhadas estilosas. Imagino que seja do género que nos faz andar a passos convictos, cabeça esquerda-direita bollywood style e sorrisinho "can't touch this". Mas por enquanto ainda não experimentei. Se são daqueles que, como eu, têm a sorte de só se aperceberem dos táxis quando estes estão a três dedos de distância, talvez seja melhor meterem o ipod na pausa quando andarem ali na zona do cais do sodré.

Posto isto, e como diz mr. Kapranos que vai passar a beber dia sim dia não, "kiss me where your eyes won't meet me".

(ou talvez seja melhor não, que eu não gosto cá de gente abusadora)