domingo, 28 de fevereiro de 2010

I can go...with the flow?!

Aqui se escrevem textos de filosofias simples ou até sem filosofia alguma para aqueles que não vêem nas nossas inquietudes questões de elevada importância. Tão ao contrário de nós mesmas, que em jeito de gente despreocupada arranjamos nas coisas quotidianas motivos de sobra para nos inquietarmos. Se são sintomas de adolescente tardio ou de crianças teimosas ainda na idade dos porquês, ou muito simplesmente uma necessidade de divagar sobre assuntos de ordem menor, isso…bom, isso já foge muito do simples objectivo de escrever porque sim. Feita esta pequena introdução tão pertinente quanto desnecessária, prossigo para o desenvolver de mais uma questão que me assola de forma constante o espírito sem que alguém, desde Freud a Júlia Pinheiro, me consiga fornecer uma qualquer resposta satisfatória. No meu dia-a-dia, confrontada com as mais variadas situações, pergunto a mim mesma se a melhor opção será a)deixar andar, b)insistir até obter o que quero, género vendedor de tv por cabo, c)nenhuma das anteriores. Deixemos a última opção de lado e concentremos a atenção na a) e na b). Muitos dos que estão a ler este texto já formularam nas suas geniais cabeças uma resposta aparentemente válida. Pois deixem-me que vos diga que “depende” é muito fácil de dizer e muito difícil de pôr em prática, (além de que se insere na terceira opção)! Pelo menos para mim, que quando adopto uma dessas opções “dependendo” da conjuntura, me mantenho fiel à escolha durante muito pouco tempo, incapaz que sou de lidar com as minhas frustrações ao melhor estilo Woody Allen. E falo de coisas importantes, afinal todos sabemos que se queremos muito aquele último queque de laranja temos de agarrá-lo com unhas e dentes, nem que seja preciso atropelar aquela senhora de idade com sacos de compras no caminho mas, poucos conseguimos perceber até que ponto, apesar da forte vontade de ir a concertos de bandas de tributo com aquela pessoa, não será melhor deixar andar…Lembro-me até de uma vez em que, centrada que estava neste assunto, achei ter chegado a uma conclusão, que afinal mais não era que um “depende” disfarçado. Além disso, sempre que converso com uma amiga e o assunto descamba numa dessas filosofias de livro de auto ajuda, é certo que nos havemos de lembrar da Teoria da mosca e desistimos por ali com medo de que forçar o cérebro neste tipo de questões nos faça perder qualidade de vida…
Enfim, uma coisa é certa, se acaso estiver por aí algum Nuno Crato wannabe capaz de pôr estas ideias numa fórmula matemática de aplicação directa, ficar-lhe-ei eternamente agradecida, e prometo, se isto o fizer feliz, que não usarei nenhum tipo de cábula!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A Sudoeste

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cansei de você, sexy

Da primeira vez que ouvi alguém dizer, com uma convicção perturbadora que os homens não se querem bonitos devo, muito provavelmente, ter torcido o nariz. Os homens não se querem bonitos? Ora aí estava um grande disparate...terei pensado enquanto mascava uma gorila de morango e repousava os olhos gigantes nas fotos dos galãs brasileiros das telenovelas da tarde, que em poses sensuais adornavam a minha bravo ou super pop, com ou sem brinde. Agora que sei o que sei, essa afirmação já não me parece tão disparatada...Os homens bonitos, e por homem entenda-se todo o espécime masculino, desde aquele miúdo loiro de sorriso giro que queria ser policia e nos fazia suspirar nos intervalos da escola primária ao professor charmoso que nos deixava convictas que o amor não escolhe idades, já não me dizem nada. Cansei de homens bonitos. Principalmente daqueles que não lhes basta serem bonitos ainda para mais também têm de ser algo interessantes, gostar das mesmas músicas que nós e frequentar mestrados. São os piores dos homens bonitos…esses. E eu…eu já não gosto deles. Porquê? Por uma razão muito simples. Porque os homens bonitos até nos podem convidar para ir com eles à praia num dia de chuva, ou para dar um salto até à cidade onde habitam na sua condição de homens bonitos para ir comer umas sandes de choco, podem até dizer que somos sensuais e dar a entender que podíamos ser muito felizes num Land Rover, mas a realidade é que esses mesmos homens bonitos acabam invariavelmente, com a amiga de infância 38 D que lhes afaga o ego com a mesma precisão e mestria que lhes afaga a … cabeça.
E a verdade é que os homens, ou rapazes, bonitos da actualidade, fazem insinuações atractivas com a mesma malícia provocante que o tal miúdo do sorriso, de antigamente, nos dava um rebuçado e nos perguntava se queríamos ser a namorada dele. A única diferença é que já não damos tanto valor a flocos de neve amachucados e sabemos muito bem que esses rebuçados não foram guardados romanticamente só para nós, mas sim que sobraram de algum saquinho de festa de anos.
Os homens que já quis bonitos, hoje*…não fazem o meu género.
E a partir de agora, só aceito convites de corcundas e desdentados.



*mas só hoje